terça-feira, 24 de janeiro de 2012

imóveis.

e aí a gente se vê perdido nessa cidade sem ouvido pra escutar quem tem o que dizer. num recife preso, parado, entalado nos engarrafamentos do centro. cada qual encerrado num carro, empacado, desta vez, por quem não tem liberdade de trânsito. e é sempre tão confortável reclamar do tráfego, lento, com hálito de ar condicionado, afundado em banco acolchoado, isolado – onde caberiam mais quatro. sentados. aumenta o volume do som, cidadão, pra ver se abafa os gritos que esbarram nas janelas.