terça-feira, 8 de novembro de 2011

a de versativa

Eu espero estar por perto no dia em que você decidir promover as pazes entre seus miolos, átrios e ventrículos. E que, enfim, esquecendo-se de embolar nos versos de "eu te amo, mas..." resmungados, se inunde da vontade de sentir, apenas, afastando incertezas e paranoias. O dia em que, despido de qualquer porém, você saiba dizer baixinho, ao pé do ouvido, um "eu te amo" assim, sem ponto final, sem vírgula ou reticência. Como se falasse para deixar surgir, logo depois, o desejo de repetir uma vez, e mais outra, e mais outra, aquilo que ressoa por dentro. Sussurrando, acreditar que libertou num grito, aos quatro ventos, suas palavras de amor.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Suspiro.

Afagar as vontades do corpo é desafogar as agonias da alma. Permitir que as dores se esvaiam, em jatos de choro (e gemidos), por entre as pernas.

Depois, calam-se. E dormem. Enquanto esquecem que, ao acordar, não haverá outros lençóis, além dos seus, para arrumar sobre a cama.