A verdade é que, naquele
selinho apressado, nasceu a vontade de te levar comigo pela vida inteira. De tão breve (e desesperado), foi paixão que não tinha mais jeito de guardar. Amor confessado num estalinho,
que me invadiu e me cobre de risos largos até hoje. Tantos outros beijos mudos, roucos, (às vezes cansados de lágrimas), nos juntaram durante todo esse tempo. Você é minha sexta-feira, daquelas em que as tardes se
estendiam moucas pelo quarto quente (poente) e era sempre cedo demais para ir
embora. É o meu
aconchego na hora de dormir, as canções balançadas na rede e a despretensão total de pijamas. É o meu banho de mar engraçado, casado com a mulher que gosta de mandar. O meu poder chorar por
qualquer coisa e o meu poder ouvir que fico linda quando choro. Você é o ouvido e o ombro que eu tenho sempre comigo, o colo onde eu posso
debruçar meus medos todos, meus anseios, minhas verdades. E eu só posso agradecer, todos os dias, pelo encontro dos nossos caminhos. Às vezes tortos, atrapalhados, mas sempre nossos. Você é minha vida, minha família, meu amor sincero, de um bem-querer desmedido. E
infinito, que basta olhar pro teu rosto para eu me vestir, de novo, com o sorriso enorme do nosso primeiro beijo.
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